contador


Contador de visitas
compteur gratuit
Contador de visitas

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

SHEMAH PARA OS UMBRAIS


Sabemos que no antigo Egito havia a crença de que os espíritos malignos ENTRAVA PELAS GRETAS DAS PORTAS invadindo assim os lares e que um patuá era colocado sob os portais afim de que impedisse a entrada dos invasores espirituais. Hashem é claro desmistificou isto quando ordenou o sangue do cordeiro como sinal para o Melach (anjo/mensageiro) da morte. Assim todas as casas com o patuá era invadido e o primogênito morto, mas quem estava com o sangue do cordeiro em seus portais o anjo pulava sobre este lar. Mais tarde, Eloha ordenou em Devarim (Dt) 6 a partir do verso 4 que se escrevesse nos umbrais de todo israelitas que ELE YHWH é UM! Dentro do contexto "e estas palavras escreverás nos umbrais de sua casa e em seus portões", está os dez mandamentos. Levando em consideração que o povo daquela época nÃO TINHA AS ESCRITURAS em mãos, tendo assim, que conferir toda a sua confiança nos escribas e rabis. Então Hashem ordena que os 10 mandamentos sejam escritos nos umbrais como regras primárias e essenciais para o povo leigo. Mais tarde ainda este patuá egípcio fora adotada novamente dentre o povo de Israel na forma da atual MEZUZÁ. Uma caixinha onde fica escrito o shemah israel. Dentro das leis rabínicas está a explicação: "O shemah é para ler-não-ler" Com isto, aquilo que segundo Hashem devia ficar explícito, agora é ocultado. Dentre as ramificações mais misticas judaicas, existe a premissa de que se a mezuzá (caixinha/patuá) não estiver bem posicionada lançará mal augúrios sobre o lar. Assim também, se uma letra do shema dentro da mezuzah estiver rasurada você também estará em apuros. É claro que tem todo um comércio judáico encima da questão, pois se todos apenas escrevesse nos portais como o texto sugere de forma explícita, não renderia mais fundos para os misticos espertalhões. Veja o texto com seus próprios olhos fora do sistema e tire sua própria conclusão: A ordem era para o próprio dono da casa escrever para deixar evidente as dez leis principais. Pois o SHEMAH ISRAEL é tão somente o 1º mandamento.: "Ouve, ó Israel; o YHWH é nosso Elohah ELE é o um. 5 Amarás, pois, ao YHWH teu Elohah de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças. 6 E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; 7 e as ensinarás a teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te. 8 Também as atarás por sinal na tua mão e te serão por frontais entre os teus olhos; 9 e as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portais" Dt 6:4-9. Percebeu que não há nenhuma caixinha/patuá? Aqui vai um exemplo do shemah completo, mas de forma resumida e com os significados diretos:
.
Após termos estudado o Shemá e o tefilin à luz das Escrituras, descobrindo as práticas originais e separando-as de mitos e sincretismos rabínicos, muitos se indagavam a respeito da mezuzá. A seguir, apresentamos um estudo bastante detalhado da questão da mezuzá. Todavia, para não se tornar excessivamente extenso por repetição, este artigo parte da importante premissa de que o leitor já está familiarizado com os estudos supracitados, e os referencia como assuntos já esclarecidos. A quem ainda não o tenha feito, sugere-se que leia a ambos (nessa ordem) antes de dar sequência neste estudo. Análise das Escrituras A mitsvá (mandamento) da mezuzá é derivada de duas passagens bíblicas. Todavia, antes de analisá-las, é importante que já se tenha lido o nosso artigo sobre o Shemá original, onde demonstramos que as “palavras” a que o texto de Devarim/Deuteronômio 6 se referem nada mais são do que as palavras dos Asseret HaDibrot (Dez Ditos/”Mandamentos”). No artigo, demonstramos inclusive que esse era o entendimento do Judaísmo na antiguidade, conforme atestado por achados arqueológicos e pelas próprias fontes da literatura judaica. Devarim/Deuteronômio 6 Tendo isso em mente, analisemos a primeira passagem: “Ouve, Israel, YHWH nosso Elohim, YHWH é um. Amarás, pois, a YHWH teu Elohim de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças. E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas.” (Devarim/Deuteronômio 6:4-9) Em nosso estudo sobre tefilin, vimos como a própria Torah nos demonstra que “atar na mão e colocar por frontal entre os olhos” são expressões simbólicas. Mas, fica a dúvida: Será que o texto referente à mezuzá é alegórico? Por este trecho, pura e simplesmente, não é possível concluir que o texto seja alegórico. Vejamos o que nos revela o outro texto referente à mezuzá. Devarim/Deuteronômio 11 “Ponde, pois, estas minhas palavras [et hadevarai] no vosso coração e na vossa alma, e atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por frontais entre os vossos olhos. E ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te; E escreve-as nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas.” (Devarim/Deuteronômio 11:18-20) Primeiramente, é preciso compreender a que “palavras” o texto está se referindo. Para isso, voltemos um pouco no contexto. Lembremos que Moshe (Moisés) está recontando a trajetória do povo de Israel. Ele narra uma série de dados sobre a viagem de Israel, e faz uma série de recomendações, mas uma delas nos chama a atenção: “Naquele mesmo tempo me disse YHWH: Alisa duas tábuas de pedra, como as primeiras, e sobe a mim ao monte, e faze-te uma arca de madeira; E naquelas tábuas escreverei as palavras que estavam nas primeiras tábuas, que quebraste, e as porás na arca. Assim, fiz uma arca de madeira de acácia, e alisei duas tábuas de pedra, como as primeiras; e subi ao monte com as duas tábuas na minha mão. Então escreveu nas tábuas, conforme à primeira escritura, os dez ditos [asseret hadevarim], que YHWH vos falara no dia da assembleia, no monte, do meio do fogo; e YHWH mas deu a mim; E virei-me, e desci do monte, e pus as tábuas na arca que fizera; e ali estão, como YHWH me ordenou.” (Devarim/Deuteronômio 10:1-5) É possível perceber que o contexto é muito semelhante ao de Devarim/Deuteronômio 6, e que portanto essas “palavras”, a exemplo do que ocorre no primeiro, refere-se aos Asseret HaDibrot (Dez Ditos/”Mandamentos”). Aqui temos um claro indicativo de alegoria no primeiro passuk (versículo), que fala sobre colocar as palavras na alma, no coração, na mão e entre os olhos. O termo aqui traduzido como “alma” refere-se à vida. O coração era o centro dos pensamentos, na cultura israelita. A mão indicava as ações. E os olhos indicavam o objetivo avistado, pois na cultura israelita os olhos serviam para enxergar o caminho. Sendo assim, a Torah deveria estar no dia-a-dia, no pensamento, nas ações e nos objetivos de todo israelita. Logo depois, todavia, a Torah começa a falar de forma mais literal, ao dizer, por exemplo, que aquelas palavras deveriam ser ensinadas aos filhos. Mais uma vez, o contexto puro e simples da passagem torna difícil determinar se a orientação de escrever as palavras é alegórica ou literal. Outros Exemplos na Bíblia Como podemos fazer para compreender se a passagem é alegórica ou literal? A resposta é bastante simples: Temos que nos fazer três perguntas básicas. Existe algum exemplo de simbologia que possa ser analisado? Existe algum exemplo de uso literal semelhante? Caso a mitsvá (mandamento) seja literal, existe um objetivo claro? A própria Bíblia interpreta a Bíblia. As respostas a essas perguntas nos definirão se a mezuzá é alegórica ou literal. Existem exemplos de uso simbólico? O termo “mezuzá” (ou derivativo) aparece dezenove vezes no Tanach (Primeiro Testamento.) Praticamente todas as instâncias em que aparece são literais. Por razões de brevidade, apresentaremos apenas a lista de p’ssukim (versículos): Ex. 12:7,22,23, 21:6; Jz. 16:3; 1 Sm. 1:9; 1 Re. 6:31, 6:33, 7:5; Is. 57:8; Ez. 41:21, 43:8, 45:19, 46:2. Em uma passagem apenas, o termo aparece de forma alegórica, em Mishlei/Provérbios 8:34, em que a sabedoria personificada descrita pro Shlomo (Salomão) diz: “Bem-aventurado o homem que me dá ouvidos, velando às minhas portas cada dia, esperando às ombreiras [mezuzot] da minha entrada. Porque o que me achar, achará a vida, e alcançará o favor de YHWH.” (Mishlei/Provérbios 8:34-35) Qual o sentido aqui observado? Que bendito é o homem que busca a sabedoria incessantemente. O “esperar às portas” nos remete à imagem de uma pessoa esperando ansiosamente para que a outra saia de casa, de modo a encontrá-la logo. Porém, repare que mesmo dentro da alegoria, o sentido dado à palavra “mezuzá” (umbral) é literal. A palavra é usada para construir a imagem de alguém esperando à porta, e não para simbolizar algo que não seja propriamente um umbral. Ou seja, não temos nenhum uso puramente simbólico do termo “mezuzá” nas Escrituras. Existem exemplos de uso literal semelhante? Por outro lado, a resposta é afirmativa para o outro caso. Temos um exemplo de uso literal do termo mezuzá (umbral) para fins rituais. Vejamos o relato abaixo: “E tomarão do sangue, e pô-lo-ão em ambas as ombreiras [mezuzot], e na verga da porta, nas casas em que o comerem... Então tomai um molho de hissopo, e molhai-o no sangue que estiver na bacia, e passai-o na verga da porta, e em ambas as ombreiras [mezuzot], do sangue que estiver na bacia; porém nenhum de vós saia da porta da sua casa até à manhã. Porque YHWH passará para ferir aos egípcios, porém quando vir o sangue na verga da porta, e em ambas as ombreiras [mezuzot], YHWH passará aquela porta, e não deixará o destruidor entrar em vossas casas, para vos ferir.” (Shemot/Êxodo 12:7,22-23) A instrução supracitada era literal. Após sacrificarem o cordeiro, na ocasião da saída do Egito, o povo deveria passar o sangue do cordeiro sobre os umbrais (mezuzot) das suas casas, a fim de que Elohim os poupasse, quando da ocasião das pragas do Egito. Ou seja, temos um precedente bíblico de uma instrução literal acerca dos umbrais das portas. Existiria um propósito para uma mitsvá (mandamento) literal? O fato de termos na Torah um uso ritualístico literal, e não termos nas Escrituras nenhum uso simbólico já seriam praticamente razão suficiente para entendermos essa mitsvá (mandamento) como sendo literal. Todavia, é possível ir além e buscar confirmação no propósito da mitsvá (mandamento). Por que o Eterno iria pedir aos israelitas que escrevessem os Asseret HaDibrot (Dez Ditos/”Mandamentos”) nos umbrais das portas? Para entendermos isso, é preciso dar um passo anterior e compreender qual foi o propósito do Eterno ao destacar os Asseret HaDibrot, dando-os na forma das chamadas tábuas da lei. Lembremos que o povo nos tempos primitivos não tinham acesso fácil às Escrituras. Rolos de escritura eram caríssimos, feitos de pele de animais, e copiados à mão num processo que poderia levar anos. Para se ter uma ideia, nos dias de hoje, um bom rolo de Torah custa o preço de um carro popular. E isso considerando-se todas as facilidades do mundo moderno para obtenção da matéria prima. Imagine, portanto, como seria naquela época. Portanto, o povo não tinha acesso fácil aos ensinamentos da Torah. Na realidade, o povo ouvia as palavras da Torah somente uma vez a cada sete anos (!), quando da ocasião da festa de Sukot (Tabernáculos): “E ordenou-lhes Moshe, dizendo: Ao fim de cada sete anos, no tempo determinado do ano da remissão, na festa dos Sukot, quando todo o Israel vier a comparecer perante YHWH teu Elohim, no lugar que ele escolher, lerás esta lei diante de todo o Israel aos seus ouvidos. Ajunta o povo, os homens e as mulheres, os meninos e os estrangeiros que estão dentro das tuas portas, para que ouçam e aprendam e temam a YHWH vosso Elohim, e tenham cuidado de fazer todas as palavras desta Torah.” (Devarim/Deuteronômio 31:10-12) Qual era, portanto, a função dos Asseret HaDibrot (Dez Ditos/”Mandamentos”)? Eles funcionavam como uma espécie de resumo, ou compêndio, dos principais aspectos da Torah. Eles ajudariam o povo a viverem de acordo com a vontade de Elohim no seu dia-a-dia, bem como a compreenderem o propósito da Torah quando a ouvissem ao final de cada sete anos. E se o povo não tinha acesso às Escrituras, faz sentido que escrevessem esse compêndio da Torah nos umbrais das portas, talhando-as na madeira ou na pedra, ou talvez fazendo selos de argila, como era costume na região da mesopotâmia. Essas palavras eram a única forma de contato mais direto das pessoas com as Escrituras! Portanto, além da confirmação contextual das Escrituras, trata-se de algo que tem um propósito bastante importante. Mesmo para nós, que temos acesso fácil às Escrituras, o propósito da Torah permanece, uma vez que todos aqueles que passarem por nossas portas irão tomar contato com o testemunho e a mensagem da Palavra de Elohim. Além disso, todas as vezes que entramos ou saímos de nossos lares, lá estão as palavras do Altíssimo nos lembrando de como deve ser a nossa conduta. O propósito, portanto, é semelhante ao da recitação do Shemá (vide artigo sobre o Shemá original), que era outra forma do povo memorizar o cerne da vontade de Elohim para nossa conduta. Infelizmente, esse propósito do escrever os Asseret HaDibrot (Dez Ditos/”Mandamentos”) nos umbrais (mezuzot) se perdeu quando a mitsvá (mandamento) foi reduzida à confecção de um amuleto, conforme veremos mais adiante. Mudanças no Mandamento Os próprios p’rushim (fariseus) admitem que a mitsvá (mandamento bíblico) em dado momento sofreu modificações. Já vimos, conforme dito anteriormente, que a modificação textual tem relação com o banimento da proclamação dos Asseret HaDibrot (Dez Ditos/”Mandamentos”.) Houve também uma modificação na forma, conforme afirma o rabino Steven M. Glazer: “As escrituras nos recomendam… escrever estas palavras nos umbrais de nossas casas e sobre os nossos portões. Eu não tenho dúvidas de que nos tempos antigos esse era literalmente o local [onde escreviam] mas em algum ponto na antiguidade, desconhecido a nós, compartimentos passaram a ser amplamente usados, ao invés de escrever as palavras diretamente nos umbrais.” (Rabino Steven M. Glazer, The Mezuza - Série em vídeo) Porém, o que aconteceu que levou essa mitsvá (mandamento) a passar de escrita nos próprios umbrais (mezuzot) da porta, a transformar-se numa caixinha afixada no umbral, ou ocultada numa fresta do mesmo? De onde surgiu esse costume? O Costume Babilônio É importante compreender que os babilônios viviam assombrados pela idéia de perseguição constante de espíritos malignos (não muito diferente de algumas seitas modernas.) Sobre isso, o acadêmico James Hastings escreve: “Mas uma porta fechada não é suficiente para afastar fantasmas e demónios, uma vez que na Babilônia eles passavam por frestas, umbrais e soquetes… por isso o valor dos amuletos para prevenirem isso.” (James Hastings, “Encyclopedia of Religion and Ethics.”) Esta era a razão pela qual os babilônios estavam constantemente cercados por encantamentos e amuletos. O temor era grande de que, sem tais elementos, eles seriam destruídos por esses espíritos malignos, ou ofenderiam aos deuses de seu panteão. Em nosso material sobre “tefilin” citamos um texto de E. A. Wallis Budge acerca do costume babilônio do uso de amuletos. Porém, propositadamente deixamos para citar a passagem completa neste material , uma vez que a continuação tem justamente relação com o tema aqui estudado. Abaixo, a citação completa, com o texto complementar, em negrito: “Os sumérios inventaram e desenvolveram um sistema de escrita, e as inscrições que eles gravaram em tábuas de argila e pedra sugerem que eles viviam vidas ansiosas e tinham um medo perpétuo do ataque do exército de espíritos hostis e malignos que não perdiam a oportunidade de lhes fazer o mal. Para se protegerem contra esses, empregavam encantamentos e magias e feitiços, e para destruir as operações do olho mal, eles usavam amuletos de diversos tipos. E para proteger suas casas, eles enterravam pequenas figuras de argila nas fundações, e as inseriam nas paredes.” Análise da Literatura Farisaica Esse tipo de costume também foi herdado pelos israelitas na diáspora babilônia, e legitimado pelos p’rushim (fariseus), conforme veremos a seguir: Magia à Porta Os p’rushim (fariseus) adotaram dos babilônios esse hábito de colocar amuletos e realizar encantamentos à porta das casas. Podemos ver alguns exemplos disso abaixo, com alguns dos rituais recomendados pelo Talmud: “Para cegueira noturna, ele deve tomar um cordão feito de fio de cabelo branco e com ele amarrar uma de suas próprias pernas à perna de um cão, e crianças devem fazer barulhos com cacos de cerâmica atrás dele dizendo: 'Cão velho, galo estúpido.' Ele deve também tomar sete pedaços de carne crua de sete casas e colocá-los no umbral, e [deixar o cão] comê-los no cinzeiro da cidade. Depois disso, ele deve desamarrar a corda e dizer: 'Cegueira de A, filho da mulher B, deixe A, filho da mulher B,' e eles devem soprar no olho do cão.” (b. Guitin 69a) “Para enxaqueca, deve-se tomar um pica-pau e cortar sua garganta com uma moeda branca de prata sobre o lugar da cabeça onde ele tem dor, cuidando para que o sangue não o cegue, e deve pendurar o pássaro no seu umbral para que possa esfregar-se nele quando entrar e quando sair.” (b. Guitin 68b) Surge um Amuleto Não demorou para que a mitsvá (mandamento) do Eterno para que as suas leis fossem escritas nas portas – de modo a que todos pudessem lê-las e meditar sobre elas – fosse transformado em um amuleto. Em nosso estudo sobre “tefilin” demonstramos que os p’rushim tinham por hábito fazerem amuletos a partir de textos bíblicos, costume importado dos babilônios que tinham por hábito fazerem amuletos com encantamentos. Assim sendo, ao invés da escrita à porta supracitada, os p’rushim (fariseus) transformaram a mitsvá (mandamento) numa fabricação de um amuleto encapsulado – ao estilo dos demais que eles produziam – e que deveria ser afixado ou ocultado em receptáculo à porta. Exatamente como faziam os babilônios. Não é surpresa que o mesmo hábito babilônio relatado acima é encontrado na literatura farisaica. O rabino Geoffrey W. Dennis, por exemplo, afirma: “O Talmud Bavli distingue entre amuletos escritos e amuletos populares… Muitos amuletos escritos eram enrolados e inseridos em tubos de metal, de forma paralela à maneira como uma mezuzá é protegida e exibida. Amuletos eram considerados uma parte regular da resposta médica à enfermidade e os sábios falam de experientes fazedores de kamea que tinham um histórico provado de fazerem amuletos eficazes. Eles também discutem os critérios para julgarem um bom amuleto médico (Shabat 61b; Yomá 84a.) Das amostras de amuletos da antiguidade que foram encontrados, os mais interessantes são bacias de demônios, vasos de artesanato pintados com encantamentos e enterrados sob o umbral de uma porta para aprisionar os espíritos das profundezas que tentassem entrar.” (Rabino Geoffrey W. Dennis, “Encyclopedia Mythica: Amulet.”) Superstição sobre um Poder Sobrenatural A exemplo dos babilônios, os p’rushim (fariseus) também atribuíram ao seu amuleto uma superstição de poder sobrenatural, capaz de afastar agouros e espíritos malignos. Sobre isso, o rabino Michael Leo Samuel afirma: “Os antigos criam que um amuleto é supostamente investido de poder mágico que pode afastar contratempo, doença, ou ataques de seres malignos - quer demoníacos ou humanos. Um talismã é um objeto similarmente usado para aumentar as potencialidades e sortes de uma pessoa. Amuletos e talismãs são dois lados de uma mesma moeda. Os primeiros são feitos para repelir o mal; os últimos, para atrair bênção e prosperidade. Historicamente, a mezuzá combina ambas as características no folclore e literatura rabínica. Desde a antiguidade remota, nossos ancestrais criam na habilidade da mezuzá de proteger sobrenaturalmente um judeu não importando onde ele ou ela estivesse. A mezuzá combina ambos os aspectos de um amuleto e de um talismã, como mencionamos acima. Em uma conhecida passagem talmúdica [b. Shabat 32a], descobrimos que alguns dos sábios criam que a promessa bíblica de uma vida longa depende da observância da mezuzá.” (Rabino Michael Leo Samuel, “Is the Mezuzah an Amulet?”) Vemos evidências disso no próprio Talmud: “Nenhuma cidade contendo mesmo uma única mezuzá pode ser condenada… porque está escrito, [e destruirás os nomes deles - isto é, dos ídolos - ] mas não farás isso a YHWH teu Elohim.” (b. Sanhedrin 71a) “Rabá disse, a performance apropriada do preceito é afixar [a mezuzá] na distância de uma mão mais próxima da cidade. Por que? - Os rabinos dizem, para que alguém possa encontrar um preceito imediatamente [quando retorna para casa]; R. Hanina de Sura diz, para que proteja toda a casa.” (b. Menachot 33b) Uso Portátil do Amuleto Rabínico A “mezuzá farisaica” (chamemos assim para diferenciar da mitsvá/mandamento bíblico) não era usada exclusivamente para as casas. Os p’rushim (fariseus) também tinham por hábito colocá-la em cajados, para que os protegesse durante o caminho. Sobre isso, a Mishná diz: “Um cajado que tenha um receptáculo para dinheiro, uma bengala de um pedinte que tenha um receptáculo para água, e uma vara que tenha um receptáculo para uma mezuzá e para pérolas são susceptíveis à imundícia.” (m. Kelim 17:101) O Tosfot Yom Tov, comentário rabínico da Mishná, ao elaborar acerca da passagem acima, confirma que a intenção dos p’rushim ao colocar esse amuleto no cajado era de fato a proteção pessoal, a exemplo da proteção que o amuleto oferecia aos lares. Até os dias de hoje, os p’rushim (fariseus) mantêm essa prática. O rabino Eli J. Mansour afirma: “É permitido colocar uma mezuzá em uma corrente e usá-la? Algumas pessoas desejam usar uma mezuzá para proteção como um amuleto, ou para proteger do Ayin Hará (olho mau.) Isso é permitido? Chacham Ovadia Yoseph faz essa pergunta em Halichot Olam, Helek 8, página 216, e Rav. Moshe Feinstein também fez essa pergunta em Igrot Moshe, Y”D, Helek Bet, Siman 141. Ambos saíram dizendo que é permitido colocar uma mezuzá em uma corrente e usá-la. É claro, ela deve estar contida em um compartimento. Novamente, eles legislaram que era permitido.” (Rabino Eli J. Mansour, “Mezuzah- Is It Permissible To Wear A Mezuzah or Put A Mezuzah In A Car”) O Misticismo do Judaísmo Moderno Até hoje, a mezuzá-amuleto farisaica é objeto de grande misticismo. Talvez até mais do que nos tempos antigos. Com o passar do tempo, a tinta do pergaminho da mezuzá rabínica pode apagar, ou borrar, e por isso os p’rushim (fariseus) têm por hábito verificá-la em determinados intervalos de tempo. Todavia, acredita-se que uma mezuzá que esteja com problemas no texto - e que portanto não esteja “kasher” - pode trazer infortuito até mesmo doenças sobre as pessoas que vivem na casa. No Judaísmo Rabínico, considera-se, semelhantemente, que o ajuste da mezuzá pode restaurar o equilíbrio ou a saúde de uma casa. Sobre isso, Alexander Poltorak afirma: “Os tefilin e mezuzot, as propriedades mais preciosas do homem, podem ser afetadas por perturbações na alma do seu dono. Uma inspeção cuidadosa desses objetos, e a devida correção de quaisquer defeitos, se encontrados, pode curar a alma, restaurando o equilíbrio e prevenindo aflições adicionais à pessoa.” (Alexander Poltorak, “Mezuzah: a Reflection of the Soul”) Invocações no Pergaminho A mezuzá ashkenazi moderna também traz uma invocação cabalista nas costas do pergaminho. Nela, conforme pode ser visto ao lado, encontramos escrita de cabeça para baixo a expressão Kuzu Bmuksz Kuzu” (“כוזו במוכסז כוזו”) Essa invocação cabalista é uma permutação de letras feita sobre o Nome do Eterno, baseada nos segredos místicos da Ma’asseh Merkavah (vide nosso artigo sobre Cabalá.) Sobre ela, o rabino Moshe Idel afirma: “Em muitos manuscritos encontramos uma passagem que contém um pentagrama, e ao lado dele está escirto: Esta é a Ma’assei Merkavah Kuzu Bmuksz Kuzu, e sob essas letras está escrito: YHVH ELHYNU YHVH.” (Moshe Idel, “Language, Torah and Hermeneutics in Abraham Abulafia”) Ou seja, trata-se de uma invocação mística diabólica, para dizer o mínimo. Alexander Poltorak afirma ainda que essa invocação é realizada para proteger contra demônios, e tem conexão com a astrologia: “Podemos sugerir que o fato das letras KUZU BMUKSZ KUZU estão escritas de cabeça para baixo pode ser interpretado como uma maneira de defletir influências malignas, espantando os maus tempos - como se mudasse a corrente. Assim pode-se dizer que a mezuzá cumpre o papel de ‘escudo’ astrológico.” (Alexander Poltorak, “Mezuzah and Astrology”) Mais uma vez, percebemos que para os p’rushim (fariseus) de nada adiantou a proibição do Tanach (Primeiro Testamento) contra magia, encantamentos, e envolvimento com astrologia. A Versão Rabínica não era Unanimidade Essa versão-amuleto da mitsvá (mandamento) da mezuzá feita pelos p’rushim (fariseus) não era unanimidade nos tempos antigos. O próprio Talmud afirma que ela não era utilizada em todas as sinagogas: “Se é assim, no caso de uma sinagoga e beit hamidrash onde também não há mezuzá, não damos prioridade? O que dizes deve ser, numa passagem de porta que é adequada para uma mezuzá.” (b. Berachot 47a) Certamente que a razão do Talmud afirmar tal coisa está no fato de que a mitsvá (mandamento) era interpretada de forma diferente por outros grupos. De fato, nem mesmo o Beit HaMikdash (Templo) possuía mezuzot rabínicas, exceto nas alas frequentadas pelos próprios p’rushim (fariseus), conforme atesta o Talmud: “Nossos rabinos ensinavam: Todas as câmaras no Santuário não tinham mezuzá, com a exceção da câmara dos conselheiros, pois nela era a residência do sumo sacerdote. Acaso não havia um número de câmaras no Santuário que tinham compartimento para residência e não tinham mezuzá?” (b. Yomá 10a) A Mitsvá e Outros Grupos Israelitas Sempre é importante compreender que não se deve reinventar a roda. Tudo o que é feito precisa encontrar respaldo histórico. Se, conforme concluímos através da leitura, a prática bíblica era a de se escrever os Asseret HaDibrot (Dez Ditos/”Mandamentos”) nos umbrais das portas, então algum resquício dessa prática deve ser encontrado - quer preservado na prática de algum grupo israelita atual, quer através de evidências e achados arquelógicos. E a resposta é afirmativa: Temos sim evidências disso. Começaremos com os grupos atuais, e em seguida falaremos acerca dos grupos históricos. Os Samaritanos Os samaritanos preservaram essa prática, e até hoje a chamada “mezuzá samaritana” pode ser vista nos seus lares em Israel. Sobre essa prática, o acadêmico judeu Dr. Alexander Poltorak afirma: “Os samaritanos, que não aceitam a tradição oral, não requerem que uma mezuzá seja afixada ao umbral. Às vezes eles afixam uma pedra com os Dez Mandamentos ou Dez Ditos… sobre a verga da entrada principal de sua casa, ou a colocam próxima às entradas.” (Dr. Alexander Poltorak, “A Light unto My Path -- A Mezuzah Anthology) A prática samaritana pode ser vista na foto ao lado. Os escritos são postos na parte superior dos umbrais da casa. Todavia, o fato único dos samaritanos adotarem tal prática não nos é suficiente em termos de comprovação. Mas, as confirmações não param por aí. Os Caraítas Os caraítas são divididos no quesito da mezuzá. Alguns acreditam que, como o texto sobre tefilin é claramente alegórico e simbólico, então a mezuzá também deve ser. Vimos que essa leitura não procede, dada a ausência de uso do termo “mezuzá” de forma simbólica nas Escrituras, e dada o uso anterior da mezuzá (umbral) para o rito do cordeiro do Pessach. Alguns grupos caraítas, especialmente no Oriente Médio, todavia, também compreendem a mitsvá (mandamento) como sendo literal, e também afixam os Asseret HaDibrot (Dez Ditos/”Mandamentos”) nos umbrais. Sobre esse hábito, o historiador Mikhail Kizilov escreve: “Os recém-modernos caraítas da Criméia e da Lituânia do século dezenove não seguiam a mitsvá de afixarem a mezuzá em absoluto. No Leste próximo, os caraítas locais afixavam em seus umbrais uma versão breve dos Dez Mandamentos.” (Mikhail Kizilov, “The Karaites of Galicia: An Ethoreligious Minority among the Ashkenazim”) Uma obra que relata a etnografia da região do Oriente Médio também observou o costume caraíta. Embora tenha-o classificado como “forma modificada”, tendo em vista o costume judaico tradicional. O importante, para nós, é a confirmação da prática: “Em Israel, contudo, os caraítas desenvolveram uma forma modificada (sic) de mezuzá na forma dos Dez Mandamentos.” (Encyclopaedic Ethnography of Middle-East and Central Asia: A-I, Volume 1) Ao lado, uma imagem ilustra o exemplo da mezuzá caraíta, de uma sinagoga em Yerushalayim (Jerusalém), extraída da obra “Jewish History and You”, de Sol Scharfstein. Na Antiguidade: Os Judeus de Alexandria Os judeus de Alexandria também mantiveram a prática de inscrever os Asseret HaDibrot (Dez Ditos/”Mandamentos”) nos umbrais de suas casas. Para eles, a prática de anexar um amuleto com pergaminho ao umbral também era desconhecida. Podemos ver isso pelo testemunho de Filon: “Isto deve ser suficiente de dizer, sendo de fato tudo o que sou capaz de avançar, acerca das leis que sustentam no apetite e desejo para suprirem todo o corpo dos Dez Mandamentos, e das injunções subordinadas neles contidas... Além disso, ele ordena que aqueles que escreveram tais coisas devem posteriormente afixá-las a cada casa pertencente a um amigo, e aos portões que estão dentro de suas muralhas; para que todo o povo, quer entrando ou saindo, quer cidadãos ou estrangeiros, lendo a escritura assim afixada nos pilares perante os portões, possa ter uma incessante lembrança de tudo o que deve ser dito, ou que deve ser feito; e que cada um deve cuidar para que não cometa nem sofra injúria; e que todas as pessoas, quer adentrando suas casas ou delas saindo, homens e mulheres, crianças e servos, possam fazer tudo o que apropriado e adequado uns para com os outros, e a si próprios.” (Filon, As Leis Especiais 4:25:132-4:26:142) O texto inicial (antes dos três pontos) é apenas para ilustrar o contexto do que Filon estava dizendo. Exatamente como nós concluímos, Filon afirma que os Asseret HaDibrot (Dez Ditos/”Mandamentos”) eram uma espécie de compêndio da Torah, e que o restante da Torah dependia diretamente dessas categorias estabelecidas. Pela narrativa de Filon, fica claro não apenas que o conteúdo eram os Asseret HaDibrot, como também é possível perceber que o objetivo da mitsvá (mandamento) era que as leis fossem lidas por aqueles que se achegassem ao local. Tanto que Filon afirma que elas seriam uma lembrança de “tudo o que deve ser dito” e de “tudo o que deve ser feito.” Algo que pressupõe um conteúdo de leis (o que diverge da prática farisaica) - e que o contexto deixa claro serem os Asseret HaDibrot. E algo que pressupõe que as pessoas fossem capazes de ler. Podemos, portanto, concluir - como de fato concluem os acadêmicos que avaliam o texto de Filon - que os judeus de Alexandria observavam a mitsvá (mandamento) exatamente como uma leitura simples e objetiva da Torah indica. Na Antiguidade: Os Israelitas da Diáspora Nem todos sabem, mas existem indícios de presença israelita no continente americano, muito anterior à sua “descoberta oficial.” Tal fato, que era conhecido por judeus desde tempos bastante remotos, é parte da profecia de que Israel seria disperso pelos quatro cantos do mundo. Menos conhecido ainda é o fato de que alguns remanescentes arqueológicos se encontram nas Américas. Um dos mais importantes deles é a chamada pedra de Los Lunas. Ao lado, uma imagem da pedra de Los Lunas, no México. Escrita em paleo-hebraico, a pedra de Los Lunas contém justamente os Asseret HaDibrot (Dez Ditos/”Mandamentos”) escritos de forma ligeiramente abreviada. Estudada por um acadêmico de culturas e línguas antigas, o judeu Cyrus Herzl Gordon, a conclusão é de que se tratava de uma mezuzá. Sobre isso, William Marder escreve: “Em 1995 Cyrus Gordon propôs que o decálogo de los Lunas é, na realidade, uma mezuzá samaritana. (sic) A mezuzá judaica familiar é um pequeno pergaminho que é colocado em um pequeno compartimento montado na entrada de uma casa. A antiga mezuzá samaritana, por sua vez, era comumente uma grande placa de pedra colocada próxima à entrada de uma propriedade ou sinagoga, e contendo uma versão resumida do Decálogo… Em novembro de 1860, David Wyrick de Newark, Ohio, encontrou o Decálogo de Newark/Ohio inscrito numa pedra num túmulo adjacente à antiga fortificação de Hopewell. A pedra, inscrita em todos os lados, com uma versão condensada dos Dez Mandamentos em uma forma peculiar de letras hebraicas quadradas, pós-exílio… Cyrus Gordon cria que a pedra do Decálogo de Newark era uma mezuzá samaritana como a pedra do Decálogo de Los Lunas.” (William Marder, “Indians in the Americas: the Untold Story”) O texto também menciona uma outra pedra, encontrada em Newark, que também contém o Decálogo (em forma ainda mais reduzida). Ao lado, uma imagem de um fragmento da pedra de Newark. A conclusão de Gordon baseava-se no hábito samaritano de que falamos anteriormente. Todavia, Gordon cometeu um importante equívoco ao concluir que essa mezuzá era de origem samaritana. O fato é que os Asseret HaDibrot (Dez Ditos/”Mandamentos”) na Torah Samaritana sofreram uma alteração importante. Para justificar que o cerne de sua fé seria o monte Guerizim, ao invés do monte Tsiyon (Sião), os samaritanos unificaram dois dos dez ditos, e incluíram nos Asseret HaDibrot a instrução de adorar a Elohim no monte Guerizim. Fosse essa uma mezuzá de origem samaritana, essa recomendação ao monte Guerizim estaria presente, indubitavelmente. Seria inconcebível uma mezuzá samaritana não conter esse trecho. Todavia, a pedra de Los Lunas não traz tal referência. Em outras palavras, essa é uma mezuzá de origem israelita, porém de outro grupo, que não os samaritanos. Abaixo, uma tradução do texto da pedra de Los Lunas: “Eu sou YHWH tue Elohim que te tirou da terra do Egito, da casa da escravidão. Não deverá haver outros deuses perante a minha face. Não farás nenhum ídolo. Não tomarás o nome de YHWH em vão. Lembra-te do Shabat e o santifica. Honra teu pai e tua mãe para se prolonguem os teus dias na terra que YHWH teu Elohim te deu. Não assassinarás. Não adulterarás. Não roubarás. Não darás falso testemunho contra teu próximo. Não desejarás a esposa de teu próximo nem nada do que é dele.” (Decálogo de Los Lunas) A abreviação do texto é perfeitamente compreensível, visto que talhar algo em pedra não é tão trivial quanto escrever a tinta. É provável que nos tempos antigos, os israelitas de um modo geral fizessem uso desse recurso. Como se pode ver, a mitsvá (mandamento) conforme a leitura simples da Torah especifica era prática amplamente difundida em Israel, antes da normatização rabínica sobre a prática farisaica, muitos séculos depois. Até hoje, grupos que não seguem a tradição rabínica a praticam da forma bíblica. Tefilin x Mezuzá: Resumo No artigo sobre tefilin, demonstramos como a suposta mitsvá (mandamento) acerca de tefilin nada mais era do que um texto figurativo da Torah, tirado de seu contexto, e usado para justificar a criação de um amuleto. Neste artigo, demonstramos a diferença entre o tefilin e a mezuzá nesse particular. Deixamos clara a razão pela qual o texto que supostamente se referiria ao tefilin na realidade é simbólico, e o porquê no caso da mezuzá é diferente. Todavia, como os argumentos estão distribuídos ao longo de várias páginas, para facilitar a vida do leitor, abaixo apresentamos um resumo dos principais pontos. É preciso que já se tenha lido o material sobre tefilin para compreender o quadro abaixo: Mezuzá Tefilin Versículos usados para embasar a prática 2 (Dt. 6; Dt 11) 4 (Ex. 13 (2), Dt. 6, Dt. 11) Dos acima, quantos estão fora do contexto? Nenhum 2 (Ex. 13 (2)) Dos acima, quantos são claramente simbólicos? Nenhum 3 (Ex. 13 (2), Dt. 11) Uso simbólico das expressões no Tanach? Não Sim (Pr.1:8-9, 3:1-3, 7:2-3, etc.) Uso literal em outro contexto ritual? Sim (Ex. 12) Não Comprovadamente usado por grupos de origem não-farisaica? Sim (alguns caraítas, judeus de Alexandria, samaritanos, israelitas da diáspora) Não Possui propósito não-místico? Sim (servir de leitura) Não Como podemos perceber, existe uma enorme diferença entre a prática do tefilin e a prática bíblica de escrever os Asseret HaDibrot (Dez Ditos/”Mandamentos”) nos umbrais. O detalhamento dos argumentos supracitados é encontrado ao longo tanto deste material, quanto do estudo sobre tefilin. O objetivo da tabela é ser apenas um breve resumo para auxiliar o leitor a ter uma visão global, e assim compreender o porquê em um caso a prática é literal, e no outro não. Em que local? Uma pergunta que o leitor certamente se fará é: Onde escrever os Asseret HaDibrot (Dez Ditos/”Mandamentos”). A Torah afirma que deve ser “al mezuzot beitecha uvisheareacha.” Ou seja, sobre os umbrais de tua casa e nos teus portões. Dos dois grupos modernos que praticam o uso da mezuzá da forma bíblica, os samaritanos entendem “al mezuzot” como “acima dos umbrais”, ao invés de “sobre os umbrais.” E por isso a colocam sempre na parte de cima dos umbrais. Essa visão não é partilhada por aqueles dentre os caraítas que cumprem essa mitsvá (mandamento) literalmente. Esses últimos entendem que o termo “על” (al) indica “sobre” e não necessariamente “acima”, e afixam nas laterais, ao invés de no topo. No hebraico, o termo pode ser entendido tanto de uma forma quanto de outra. Vejamos portanto um exemplo da Torah. A Torah confirma que a leitura correta é a lateral, pois em Shemot (Êxodo) 12:7 há uma diferenciação entre mezuzot (umbrais) e o lintel (mashkof): “E tomarão do sangue, e pô-lo-ão em ambas as ombreiras (mezuzot), e na verga (mashkof) da porta, nas casas em que o comerem.” Ou seja, as mezuzot são os umbrais laterais, e não o umbral do topo da porta. Isso faz sentido, porque a ideia é a de que sejamos capazes de ler os Asseret HaDibrot (Dez Ditos/”Mandamentos”) ao adentrarmos ou sairmos de um local. Se a Torah recomendasse que os escritos ficassem no topo, tornar-se-iam ilegíveis em algumas circunstâncias. Vimos historicamente diferentes formas de escrever. Alguns talhavam na pedra, outros na madeira, outros utilizavam argila. Enfim, não há uma especificação da Torah sobre a forma. O importante é que os Asseret HaDibrot sejam escritos em nossos umbrais. Definindo quais Umbrais Existe ainda uma questão controversa acerca de que umbrais deve-se escrever os Asseret HaDibrot (Dez Ditos/”Mandamentos”). Essa questão, nos tempos bíblicos, não era controversa. Sempre que a Torah falava em “mezuzot”, referia-se à entrada de uma casa. Como podemos ver no próprio contexto de Shemot (Êxodo) 12:22-23, que diz: “Tomai um molho de hissopo, molhai-o no sangue que estiver na bacia e marcai a verga da porta e suas ombreiras com o sangue que estiver na bacia; nenhum de vós saia da porta da sua casa até pela manhã. Porque YHWH passará para ferir os egípcios; quando vir, porém, o sangue na verga da entrada [petach] e em ambas as ombreiras, passará YHWH aquela porta e não permitirá ao Destruidor que entre em vossas casas, para vos ferir.” O texto acima trata as mezuzot especificamente como os umbrais da entrada de uma casa, e não como acesso a cômodos. Tanto que afirma que os israelitas não deveriam sair das portas de suas casas. O sangue do cordeiro era posto sobre os umbrais da entrada da casa, e não em cada cômodo. Tanto que a Torah utiliza o termo “petach”, que embora seja traduzido como “porta” em algumas bíblias, na realidade significa literalmente “entrada.” Ou seja, isso só reforça a ideia da entrada da casa. Analogamente, quando a Torah diz “al mezuzot beitecha” (sobre os umbrais de vossa casa) podemos concluir que essa mitsvá (mandamento) de fato se refere à entrada (ou às entradas) de uma casa, e não a cômodos internos. Até porque, nas casas e tendas primitivas, não havia o grau de complexidade de divisão de cômodos, com batentes, umbrais e portas, tal como se tem hoje. As mezuzot (umbrais) eram, de fato, a própria entrada (ou, em alguns casos, as entradas) das casas. Em todos os casos em que o termo “mezuzá” (ou derivativos) aparece no Tanach (Primeiro Testamento), o contexto indica a entrada de uma casa. E em um lugar, “mezuzá” chega a ser usado como sinônimo para a entrada da casa: “Filho do homem, este é o lugar do meu trono, e o lugar das plantas dos meus pés, onde habitarei no meio dos filhos de Israel para sempre; os da casa de Israel não contaminarão mais o meu nome santo, nem eles nem os seus reis, com as suas prostituições e com o cadáver dos seus reis, nos seus monumentos, pondo o seu limiar junto ao meu limiar e a sua ombreira [mezuzá], junto à minha ombreira [mezuzá], e havendo uma parede entre mim e eles. Contaminaram o meu santo nome com as suas abominações que faziam; por isso, eu os consumi na minha ira.” (Yehezkel/Ezequiel 43:7-8) Portanto, podemos concluir pelo próprio Tanach (Primeiro Testamento), que na linguagem do hebraico antigo, “mezuzá” se referia contextualmente não a qualquer umbral, mas sim aos umbrais (ou ombreiras) das entradas das casas. Isso confirma o nosso entendimento sobre a mitsvá (mandamento) ser aplicável à entrada (ou entradas) de nossas casas. Mas, existe alguma confirmação desse entendimento na literatura judaica? A resposta é afirmativa. O Talmud confirma que a tese de que a mitsvá (mandamento) fosse extensiva a cada cômodo é rabínica. Nos tempos antigos, os rabinos não compreendiam que todos os aposentos requeriam “mezuzot”: “Todos os portões [a ala leste] não tinham mezuzá, com exceção do portão de Nicanor, na qual a câmara dos conselheiros era situada. Aparentemente este ensinamento está de acordo com os rabinos e não com R. Judá. Pois se fosse pela opinião do R. Judá [certamente] ele mantém que [a mezuzá em cada aposento] propriamente dita é apenas uma ordem rabínica, devemos dar ordens de medidas preventivas para guardar outra medida preventiva?” (b. Yomá 11a) Casas e Portões O texto se encerra dizendo “uvishearecha” (e nos teus portões.) Por que a Torah diz isso? O entendimento é unânime entre todos os que creem que essa mitsvá (mandamento) seja literal: os portões referem-se a toda e qualquer construção que não seja uma casa. Em outras palavras, se algum israelita tiver outro estabelecimento que não seja uma casa, deve também colocar as palavras dos Asseret HaDibrot (Dez Ditos/”Mandamentos”) nos umbrais desse local. Isso é válido para congregações, sinagogas, estabelecimentos comerciais, etc. Mais uma vez, a exemplo do que ocorre nas casas, não é necessário que se faça tal coisa em cada cômodo, mas sim nos umbrais das portas de acesso. Uma Lição Importante Poucos se dão conta da importante lição que Yeshua nos deixa acerca dessa passagem do Shemá e dos Asseret HaDibrot (Dez Ditos/ “Mandamentos”). Compare as duas passagens abaixo: “Amarás, pois, a YHWH teu Elohim de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças.” (Devarim/Deuteronômio 6:5) “Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças...” (Marcus 12:30) Por que Yeshua acrescenta a expressão “de todo o teu entendimento”? Será que Yeshua estaria fazendo um acréscimo à Torah? Na realidade não, mas Yeshua estava enfatizando uma lição preciosíssima. Quando a Torah fala “de todo o coração”, é preciso lembrarmos que no jargão israelita, a expressão “coração” não representava apenas o centro das emoções, mas também de nossos pensamentos. Sendo assim, quando a Torah afirma “de todo o teu coração”, isso já incluiria o “de todo o teu entendimento.” Todavia, na época, os p’rushim (fariseus) já levavam o povo a muitos ritos que eram realizados de forma mecânica, e sem que houvesse ênfase na compreensão da mitsvá (mandamento.) Ou seja, não basta recitar o Shemá, ou escrever as mitsvot (mandamentos) nos umbrais. Yeshua está nos ensinando que é muito importante que tenhamos a total compreensão do que estamos fazendo. Ou seja, a frase de Yeshua enfatiza um ponto da Torah que ficou esquecido. De todo o coração indica que nossos pensamentos e emoções devem ser governados pelas palavras da Torah. De toda a nossa alma não é a melhor tradução, pois “nefesh” tem o sentido de “vida” no hebraico bíblico. Sendo assim, devemos também entender que a Torah precisa estar no centro das nossas vidas, em termos de prática e de importância. E de toda a tua força significa que devemos nos esforçar ao máximo para andarmos segundo a vontade dEle. Como se pode ver, o entendimento é parte fundamental da mitsvá (mandamento). Por esta razão, é importante que, ao cumprir essa mitsvá (mandamento), os Asseret HaDibrot (Dez Ditos/”Mandamentos”), enquanto compêndio da Torah, sejam escritos em língua que a pessoa seja capaz de ler e compreender. Caso contrário, corremos o risco de cairmos no erro parush (farisaico) de mudar o propósito da Torah, criando outro amuleto. Ou seja, se o leitor deseja escrever em hebraico, por razão de identidade, não há nenhum problema. Desde que seja capaz de ler o conteúdo. Essa é a recomendação que se faz, baseada no entendimento do propósito da mitsvá (mandamento), e da lição deixada por Yeshua. O hebraico, e a nossa identidade israelita, são muito importantes, e não devemos menosprezá-los jamais. Todavia, é preciso saber o limite e o grau adequado de importância que se dá a cada elemento da fé. E isso inclui saber que a total compreensão está acima de qualquer coisa. Já que a fé vem pelo ouvir, a compreensão é a base de tudo. Conclusão Abaixo, apresentamos um resumo dos principais pontos aqui abordados: Originalmente, a mitsvá (mandamento) da mezuzá se referia aos Asseret HaDibrot (Dez Ditos/”Mandamentos”) Originalmente, a mitsvá (mandamento) se referia a ter um texto visível, que pudesse ser lido. Isto é, há um propósito claro e não-místico para a mitsvá (mandamento.) A mitsvá (mandamento) é claramente literal, diferentemente das passagens que alguns supõem se referirem ao amuleto do tefilin. Diversos grupos, tanto históricos quanto atuais, a praticavam e a praticam da forma original. Os p’rushim (fariseus) transformaram esta mitsvá (mandamento) num amuleto. Desde os tempos antigos, e até hoje, os p’rushim (fariseus) atribuem poderes mágicos à sua mezuzá/amuleto. A mezuzá tradicional não é adequada porque, além de não conter o texto certo, não é visível, é baseada em um amuleto babilônio, e na maioria das vezes contém no seu verso invocações cabalistas estranhas à fé bíblica. Originalmente, a mitsvá (mandamento) se referia aos umbrais de acesso à casa. A ideia de estender a cada cômodo é acréscimo rabínico. Além de nossos lares, devemos também escrever os Asseret HaDibrot (Dez Ditos/”Mandamentos”) em outros estabelecimentos. Recomendações Finais Se alguém deseja auxílio para cumprir esta mitsvá (mandamento), siga as quatro recomendações básicas abaixo. Utilize uma das versões abaixo, da sua preferência, de acordo com o espaço que tiver. Se você é capaz de ler hebraico (moderno ou paleo-hebraico), fique à vontade para imprimí-la na língua sagrada. Lembre-se, contudo, que o entendimento da mensagem é parte da mitsvá (mandamento), conforme instrução do próprio Mashiach. Utilize o material que desejar para escrever os Asseret HaDibrot (Dez Ditos/”Mandamentos”), pois o importante é a mensagem, e não o material. Mantenha os Asseret HaDibrot em local visível. Eles servirão de testemunho não apenas para você, mas para todos os que baterem à sua porta. Adendo: Textos para as Mezuzot (Umbrais) Escolha um dos abaixo, conforme sua preferência. Todos servem para cumprir a mitsvá (mandamento), sendo a primeira a versão mais longa, a segunda uma versão média, e a terceira e última uma versão abreviada. O nome do Eterno aparece escrito com a fonte PaleoBora, para que possa ser escrito na sua forma original. Nos tempos antigos, mesmo em textos traduzidos (como nas primeiras cópias da Septuaginta), os israelitas mantinham o Nome do Eterno na sua forma original, de maneira a honrá-Lo. Quem tiver alguma dificuldade de visualização deve buscar auxílio para instalar a fonte em questão. Versão Extensa Ouve, ó Israel, os estatutos e juízos que hoje vos falo aos ouvidos, para que os aprendais e cuideis em os cumprirdes; Eu sou YHWH teu Elohim que te tirei do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim; Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra; não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu, YHWH teu Elohim, sou Elohim zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem, e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos; Não tomarás o Nome de YHWH teu Elohim em vão, porque YHWH não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão; Guarda o dia de Shabat, para o santificar, como te ordenou YHWH teu Elohim. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o Shabat de YHWH teu Elohim; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu boi, nem o teu jumento, nem animal algum teu, nem o estrangeiro das tuas portas para dentro, para que o teu servo e a tua serva descansem como tu; porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito e que YHWH teu Elohim te tirou dali com mão poderosa e braço estendido; pelo que YHWH teu Elohim te ordenou que guardasses o dia de Shabat; Honra a teu pai e a tua mãe, como YHWH teu Elohim te ordenou, para que se prolonguem os teus dias e para que te vá bem na terra que YHWH teu Elohim te dá; Não assassinarás; Não adulterarás; Não furtarás; Não dirás falsidade contra o teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo. Não desejarás a casa do teu próximo, nem o seu campo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo. Estas palavras falou YHWH a toda a vossa congregação no monte, do meio do fogo, da nuvem e da escuridade, com grande voz, e nada acrescentou. Tendo-as escrito em duas tábuas de pedra, deu-mas a mim. Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou YHWH teu Elohim se te ensinassem, para que os cumprisses na terra a que passas para a possuir; para que temas a YHWH teu Elohim, e guardes todos os seus estatutos e mandamentos que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida; e que teus dias sejam prolongados; Ouve, pois, ó Israel, e atenta em os cumprires, para que bem te suceda, e muito te multipliques na terra que mana leite e mel, como te disse YHWH Elohim de teus pais; Ouve, Israel, YHWH nosso Elohim, YHWH é um; Amarás, pois, YHWH teu Elohim, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força. Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas. Versão Média Eu sou YHWH teu Elohim que te tirei do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim; Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra; não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu, YHWH teu Elohim, sou Elohim zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem, e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos; Não tomarás o Nome de YHWH teu Elohim em vão, porque YHWH não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão; Guarda o dia de Shabat, para o santificar, como te ordenou YHWH teu Elohim. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o Shabat de YHWH teu Elohim; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu boi, nem o teu jumento, nem animal algum teu, nem o estrangeiro das tuas portas para dentro, para que o teu servo e a tua serva descansem como tu; porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito e que YHWH teu Elohim te tirou dali com mão poderosa e braço estendido; pelo que YHWH teu Elohim te ordenou que guardasses o dia de Shabat; Honra a teu pai e a tua mãe, como YHWH teu Elohim te ordenou, para que se prolonguem os teus dias e para que te vá bem na terra que YHWH teu Elohim te dá; Não assassinarás; Não adulterarás; Não furtarás; Não dirás falsidade contra o teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo. Não desejarás a casa do teu próximo, nem o seu campo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo. Versão Curta “Eu sou YHWH teu Elohim que te tirou da terra do Egito, da casa da escravidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não farás nenhum ídolo. Não tomarás o nome de YHWH em vão. Lembra-te do Shabat e o santifica. Honra teu pai e tua mãe para se prolonguem os teus dias na terra que YHWH teu Elohim te deu. Não assassinarás. Não adulterarás. Não roubarás. Não darás falso testemunho contra teu próximo. Não desejarás a esposa de teu próximo nem nada do que é dele. Ouve, Israel, YHWH nosso Elohim, YHWH é um; Amarás, pois, YHWH teu Elohim, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força.” alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças.

3 comentários:

  1. Nossa! É grande, mas irei ler, pois é algo de muito importância no momento pra mim.
    Sabe me dizer que significa Shalay Malakay? Não sei se é com "y". Mas preciso saber o significado!
    Se puder enviar a resposta pelo meu e-mail tmb, agradeço.
    grazy_leite@hotmail.com

    ResponderExcluir
  2. Perdão, eu passei o e-mail da minha esposa, mas pode enviar pra ela que ela me encaminha.
    Obrigado!

    ResponderExcluir